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GESTANTE

GESTANTE

A Revista Brasileira de Nutrição Funcional de nº 46, publicada no ano passado, trouxe um artigo alertando sobre o uso de fitoterápicos durante a gestação. Acontece que durante a gestação a futura mãe ouve de amigos, vizinhos e parentes muitas indicações de “chazinhos” que podem auxiliar na diminuição de algum mal estar próprio da gravidez. Mas, quando é que esses “chazinhos” podem fazer mal para a mãe e para o bebê? Acredita-se que pelo fato de serem produtos naturais, provenientes de plantas, em sua maioria, os fitoterápicos não causam nenhum efeito colateral, o que incentiva o consumo entre a população, inclusive entre gestantes e lactantes. Porém, mesmo sendo de fontes naturais, os fitoterápicos podem causar efeitos colaterais assim como qualquer outro medicamento. Os dados sobre os efeitos colaterais de fitoterápicos em gestantes e lactantes ainda são pouco consistente, devendo haver, portanto, uma precaução quanto ao uso desses produtos. Outro cuidado que a gestante deve ter é o de informar ao seu médico caso esteja usando algum fitoterápico. Pacientes raramente informam ao profissional de saúde se estão fazendo uso de plantas medicinais, dificultando muitas vezes a indentificação de um possível efeito colateral. Estudos já demonstraram que alguns fitoterápicos, quando utilizados durante a gestação ou lactação, podem causar efeitos adversos como estímulo da contração uterina, o parto prematuro e até o aborto. Outros possuem ainda ação hormonal, podendo provocar alterações no desenvolvimento e mal formações fetais. A constipação intestinal, por exemplo, é um sintoma comum durante a gestação e que muitas vezes é tratado com alguma planta medicinal definida como laxante, a exemplo temos o sene, o ruibarbo, frângula e a babosa. Porém, essas plantas possuem antraquinonas e não devem ser utilizadas durante a gestação, principalmente nos três primeiros meses, podendo induzir contrações uterinas na gestante, aumentar o fluxo sanguíneo para o útero seus e anexos, aumentando assim as chances de ocorrer um aborto. Em lactantes essa substância pode ser passada pelo leite e causar espasmos no bebê. Outra principal causa que faz com que a gestante busque por fitoterápicos, o enjôo matinal, tem o gengibre como principal planta utilizada para amenizar o mal estar, porém os estudos ainda não são conclusivos sobre os possíveis efeitos colaterais desta planta. Sabe-se que o gengibre possui compostos que podem atuar diminuindo a agregação plaquetária. Sendo assim, é preciso ter muito cuidado com gestantes que estão em uso de anticoagulantes e/ou próximo ao trabalho de parto. Algumas plantas possuem seu efeito já bem estudado e devem ser evitadas por mulheres gestantes e lactantes, essa plantas são consideradas abortivas e emenagogas (que provocam a menstruação). Além de serem plantas que podem provocar o aborto, quando utilizadas em altas doses ainda provocam uma intoxicação sistêmica no organismo do indivíduo que a consumiu. As dez principais plantas que devem ser evitadas durante a gestação e lactação, principalmente durante os três primeiros meses, são: sene, arruda, boldo, buchinha-do-norte ou cabacinha, marcela, canela, quina-quina, cravo, aroeira e agoniada. Além das plantas citadas acima, também deve ser restrito durante a gestação o uso de fitoterápicos a base de carqueja, arnica, fucus, hibiscus, noz-moscada, cáscara-sagrada, romã, cavalinha, arnica, babosa e cardo-mariano, principalmente, no primeiro trimestre gestacional ou de lactação. Diante do exposto é possível ver como é importante o acompanhamento do médico e nutricionista durante a gestação, pois somente um profissional habilitado pode dizer qual fitoterápico é bom para você e seu bebê!